Crítica Atômica - Thor
Postado por Madureira
| 29 de abr. de 2011
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Fala galera ligado nos Jovens Atômicos, hoje eu venho fazar a crítica de Thor.
A superior Marvel Studios continua no filme de Thor (2011) a iniciação (digamos assim) de seu universo adaptado das histórias em quadrinhos para as telonas. O grande diferencial do filme do Deus do Trovão, porém, em tempos em que se procura um suposto "realismo" nas histórias (e que Batman - O Cavaleiro das Trevas é lei) de super-heróis para os cinemas, é mais uma aposta em uma aventura das mais fantásticas. Que começa a trazer a essa parte da mídia alguns dos conceitos mais complexos e imaginativos do Universo Marvel.
Até Thor, as produções controladas pela Marvel nos cinemas, os dois Homem de Ferro e O Incrivel Hulk, se conceituaram à aventuras embasadas na ciência. Agora, essa ciência ganha contornos muito mais fantásticos que Raios Gama e Geradores de Eletricidade Nuclear. O público começa a ser apresentado ao outro lado do Universo Marvel, em que a magia é lei e outros planos vão aparecendo.
Em Thor somos apresentados aos asgardianos, seres imortais de outra dimensão, que, ao revelarem-se aos vikings, foram confundidos com Deuses, iniciando a mitologia nórdica. Thor (Chris Hemsworth) é um príncipe/fodão desse povo, um jovem rebelde e burro, cujas ações desencadeiam uma nova guerra contra os Gigantes do Gelo (ou seja, ele só faz merda!), liderados pelo Rei Laufey (Colm Feore). Banido para a Terra pelo seu pai, Odin (Anthony Hopkins), ele precisa aprender lições de humildade (como sempre!) se quiser tornar-se digno de erguer novamente sua arma, o martelo Mjolnir, e com ele seu poder fodástico.
Toda a cidade de Asgard, a morada dos asgardianos, é super incrível, assim como a cultura construída desse povo. Figurinos, o design da cidade, a iluminação e as cores, é tudo impressionante - especialmente para quem cresceu lendo as aventuras do Deus do Trovão nas histórias em quadrinhos (o que não é o meu caso). Asgard nunca foi tão bem retratada no papel ou fora dele, é igual inimáginavel, parbéns aos caras que pensaram e realizaram Asgard.
A escolha de Mr. Hopkins como o "Pai de Todos", Odin, é igualmente certa. O ator dá enorme atuação com aquele puta tom de nobreza (sem ser rude) ao personagem. Hemsworth, por sua vez, não é nem lá nem cá (seu peso é outro, em peitoral sarado e cara bonita). É Tom Hiddleston, o Loki, quem tem qualidade para segurar-se ao lado do oscarizado veterano. Divide com Hopkins as melhores cenas do filme.
Branagh também aproveita a natureza épica do roteiro para criar batalhas emocionantes, à altura das maiores aventuras do personagem nas páginas dos quadrinhos. O embate de Thor com o Destruidor, por exemplo, é um dos mais empolgantes e mais picas das batalhas já mostrados em filmes da Marvel e filmes de super herói.
Os problemas de Thor começam quando a história, sai de Asgard para à Terra. A necessidade de tornar a trama mais "engraçadinha e moral" ao grande público obriga o roteiro a colocar relacionamentos e situações mais próximas da realidade do espectador(Para os estúpidos não estranharem a porra do filme). Entra em cena então o trio terrestre formado por Natalie Portman (Jane Foster), Stellan Skarsgård (Dr. Selvig) e Kat Dennings (Darcy, com aquela forçada de comédia no filme), que servem como base de Thor em nosso mundo terreno. É fato que Natalie Portman é adorável... mas que uma noite de conversa fiada ao lado da fogueira (sempre a fogueira) baste para que Thor se apaixone e torne-se um protetor jurado de nosso planeta(tipo o Capitão Planeta, quem se lembra sabe), à serviço de suas forças governamentais(resumindo os EUA), é mais difícil de engolir do que um mundo povoado por vikings imortais.
É um vício de roteiro difícil de tirar da cabeça, por mais que o lado fã fale mais alto e vibre a cada referência - do outdoor de "Journey Into Mistery" à participação de Jeremy Renner como Gavião Arqueiro, passando pela opção a Bruce Banner e a cena pós-créditos que deixa tudo pronto para o filme dos Vingadores.
Igualmente estranha é a opção do Diretor de filmar quase tudo no "ângulo holandês". Em linguagem cinematográfica, a inclinação da linha do horizonte é usada para causar desequilibrio e sensação de deslocamento. Mas quando o recurso é usado em excesso, o resultado em certos momentos parece filme do Didi. Essa estética, combinada ao 3D, que não faz nada de mais e é só pra tirar o seu dinheiro, tira muito do mérito de Thor.
De maneira qualquer, por mostrar nas telas os limites do Universo Marvel para além da ciência, por deixar de lado o ultra-realismo e manter a diversão como foco e por abrir caminho para outras ideias (novamente, fique até o final dos créditos), assistir a Thor é quase que obrigatório aos Fanboys de quadrinhos aos fãs de filmes de super heróis em geral.
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1 comentários:
Pow gostei da critica
deu até vontade de ver o filme
(mesmo que eu jé estivesse com muita vontade de ver kkk')
mas continue com o bom trabalho do blog
vlw abraços
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