Crítica Atômica - Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2

Tudo que é bom chega ao fim, é assim em todo lugar, é assim atá na vida, nós nascemos, vivemos e morremos, com Harry Potter num foi diferente e também em nenhuma saga foi diferente (Senhor dos Anéis, diga-se de passagem...). Mas chegamos ao fim, depois de acharmos a Pedra Filosofal, descer na Câmara Secreta, libertar o Prisioneiro de Azkaban, beber do Cálice de Fogo, lutar com a Ordem da Fênix, descobrir o Enigma do Príncipe chegamos até as Relíquias da Morte, depois de 10 anos vemos a segunda parte de Relíquias e o fim de uma saga de Magia e Bruxaria.

Eu achei um golpe de publicidade e para ganhar dinheiro dividir o último HP em dois, mas no fim foi mais que isso, foi para os fãns num saírem do cinema com aquele gosto de "Já Cábô!" e sim para dar um fim louvável para Harry e Cia. Bem se na Parte 1 o filme foi enfadonho e parado, na Parte 2 a ação e reviravoltas estavam por todo lado e em toda a história.

São várias cenas de ação separadas pelos momentos de drama pessoal de Harry Potter (Daniel Radcliffe, em seu melhor momento), que precisa lidar com a consciência de que seu levante contra as forças de Voldemort (Ralph Fiennes) está matando seus amigos. Para cada vitória, cada Horcrux encontrada e eliminada, ele se despede de um aliado. Tais momentos são verdadeiros em emoção - funcionam para o fã (ouviam-se soluços na exibição a cada instante desses), mas também ao "trouxa" - e são bem-sucedidos ao explorar ótimos personagens esquecidos dos filmes anteriores. A Professora McGonagall (Maggie Smith), por exemplo, tão importante nos primeiros filmes e relevada aos bastidores nos mais recentes, assume posição de destaque, assim como Neville Longbottom (Matthew Lewis), o professor Flitwick (Warwick Davis) e tantos outros.

A primeira metade do filme, conduzida com esmero por David Yates, é irretocável. Desde a invasão do Banco de Gringotes, em que a representação do dragão é inspiradíssima (uma verdadeira aula de como se contar uma história através dos detalhes), até a mobilização da defesa da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Nela, estudantes e professores se estruturam em determinada expectativa pelo ataque dos exércitos de Voldemort, que atacam em sequências de batalha muitas vezes violentas e sem receio de mostrar cadáveres e sangue (tanto que por pouco a classificação etária do filme no Brasil não subiu para 14 anos). Tudo em um ótimo, ainda que convertido, 3-D estereoscópico que trabalha muito bem a ambientação e os momentos de deslumbramento.

A segunda parte onde acontecem as mortes importantes tam bém foram super ideais para dar um certo conteúdo dramático à trama. A morte de Belatriz como dos amigos de Harry, e uma relação de descobertas com a missão e o passado de Severo Snape, o final não se desvia do original assim como o resto do filme milimetricamente original ao livro de J.K.Rowling. E a batalha final que todos nós presumimos no final (hehe) que é Voldemort x Harry, mas não se enganem HP 7.2 é muito mais do que os olhos podem ver...

Como crítico todo filme tem suas falhas tanto em roteiro quanto em continuidade e profundidade de seus personagens mal usados na trama, mas no fim tudo dá certo, como crítico minha nota é 9,0 como fãn inveterado minha nota é 10 e como diz o cartaz do filme TUDO TERMINA AQUI! #será?