A bola da vez agora é a mística Fonte da Juventude, cujo mapa está em posse de Jack Sparrow (sempre ele...), que por sua vez está preso nos calabouços do Rei George II (Richard Griffiths), em Londres. Toda a sequência inicial ambientada na capital inglesa é bem elaborada, divertida, cheia de ação e muito bem coreografada por Rob Marshall (Diretor de Chicago), o novo diretor da franquia. O plano de fuga improvisado e arquitetado por Jack serve para que o público se lembre da genialidade que seu estilo sempre-bêbado esconde.
A próxima jogada é descobrir quem é que está se fazendo passar por Jack Sparrow e espalhando o boato de que o pirata está recrutando marujos para voltar a navegar. Afinal, nem barco ele tem mais (O pérola Negra ele perdeu e o holandês é do Will Turner). É lá no escuro bar no cais londrino que Jack vai encontrar mais ação para a sua espada e, como já era hora, um pouco de romance (hum...) encarnado na bela e gostosa Angelica (Penelope Cruz). A relação entre os dois é de tempos, sempre cheia de amor e ódio, e será brevemente explicada ao longo do filme. O que Jack não sabia é que a garota é filha do terrível Barba Negra (Ian McShane), que surge pela primeira vez em cena de forma grandiosa e imponente, a ponto de fazer o Capitão Gancho se encolher e chorar como uma menininha.
Outra coisa que Jack não sabia é que para fazer o mapa valer a pena (ou seja fazer ele "funcionar"), não basta saber onde fica a tal fonte encontrada por Ponce de Leon. É preciso saber também como fazê-la funcionar (não disse...). Para isso, os piratas vão precisar de uma sereia, dois cálices e muita agilidade para despistar os soldados das coroas inglesa e espanhola (e um poquito de pimenta kkkk), que também estão atrás da mesma coisa, cada um com um objetivo diferente em mente(eu venderia a fonte para viver em Cancún).
Na tentativa de evitar as confusões do Fim do Mundo, cada um dos detalhes desta nova trama no estilo Indiana Jones de ser é explicado nos minímos detalhes. Assim ficamos sabendo que Barba Negra e Angelica querem chegar lá para enganar a morte; Barbossa (Geoffrey Rush) quer vingança contra aquele que o deixou perneta (auhshahshhshuas Essa foi foda!); e os espanhóis e ingleses travam uma chata rixa religiosa que nada coloca na trama e poderia ter ficado de fora sem nenhuma falta.
O "romance" também fica por conta do religioso Philip (Sam Claflin) e a sereia Syrena (Astrid Bergés-Frisbey). A presença dos dois é muito mais figurativa do que a do casal anterior (Elizabeth e Will), que fazia a trama andar (mas mesmo assim era chatinho). Aqui, mais do que nunca, o protagonista é mesmo Jack Sparrow, que diga-se, fica ótimo no 3D. Os grandes cenários das florestas e as cenas aquáticas funcionam muito bem para dar a profundidade tridimensional e as espadas e outras coisas que vão na direção da tela fazem o "show" ficar completo.
Sabendo que o Fim do Mundo ficou muito pior que os dois primeiros, o produtor Jerry Bruckheimer (agora órfão do diretor Gore Verbinski que o acompanhou em toda a primeira trilogia) resolveu apostar no certo, sem colocar em risco suas moedas de ouro. Mas como os piratas não há dinheiro suficiente no mundo que os faça deixar de lado a ganância pelo próximo tesouro. Para os executivos de Hollywood também não
Assim, o quarto filme da série dos Piratas dá voltas, sobe, desce, pula de penhascos (e diz que não vai fazer novo hein...), brinca bem de leve com o sobrenatural (tem que ter macumba também) e faz gracinhas, mas acaba no mesmo fim que nós imaginamos.
Os fãs certamente vão gostar de tomar mais um porre de rum ao lado de Jack Sparrow, já esperando no cinema o Piratas 5, que a cena pós-créditos deixa claro que virá. Afinal, o mapa do tesouro já está escrito e desenhado e o X (em 3D!) está na sua carteira (Time is money Bitches!). Piratas 4 fica com um 8.0 bem modesto e espero que essa porra dessa franquia acabe logo por que de Jack Sparrow até o próprio Depp já se encheu. Até o próximo Crítica Atômica Manolos. Fui de Caravelas (kkk que piadinha escrota).
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